sábado, 31 de março de 2012

Folhas brancas em altar

Henri Matisse


Onde nos perdemos?
tantos galhos retorcidos
frutos verdes
folhas brancas em altar

Tantos credos
em latim – não sei bem
conduzindo-nos
coro de bocas ávidas

Onde nos perdemos?
apesar das orações
diverso versejar

Somamos passado
presentes
encruzilhadas
vasos, flores  cruas, nuas, orvalhadas
penumbras, rendas
o peso “sem perdão”

Mosaicos firmemente recordados
lugares sitiados
onde nos perdemos.

Lou Vilela
                                 
* poema revisado em 07/12/12.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Drummond ando Raimundo

Ao poeta, publicitário e jornalista Raimundo de Moraes.


Enquanto há chama, Raimundo,

nós poetas sabemos

o quanto nos vale a poesia:

nomes, rimas, conhaques -

sol e lua sobre tudo;

H2O [dis.soluções];

A

..........B

....................ISMOS:                


vasto mundo.


Lou Vilela


* Olha a confusão: o poema ‘mistura’ Drummond e Gianastácio - em seu estudo sobre o sufixo –ismo, dentre outras referências, para prestar uma homenagem ao poeta, publicitário e jornalista Raimundo de Moraes.

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